sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Matrix - derrubando o Ego:

Diálogo de Neo com o Arquiteto:

O Arquiteto - Olá Neo.

Neo - Quem é você?

O Arquiteto - Eu sou o Arquiteto. Eu criei a Matrix. Eu estava esperando por você. Você tem muitas perguntas, e embora o process tenha alterado sua consciência, você permanece irrevogavelmente humano. Portanto, algumas das minhas respostas você vai entender, e algumas delas não. De forma concordante, enquanto sua primeira pergunta talvez seja a mais pertinente, você pode ou não perceber que ela é também irrelevante.

Neo - Por que eu estou aqui?

O Arquiteto - Sua vida é uma soma de um resíduo de uma equação desequilibrada inerente à programação da Matrix. Você é a eventualidade de uma anomalia, a qual, apesar de meus sinceros esforços, sou incapaz de eliminar do que é, de outra forma, uma harmonia de precisão matemática. Enquanto isto continua sendo uma aflição a ser aplicadamente evitada, ela não é inesperada, e dessa forma não está além de uma medida de controle. E foi isso que, inexoravelmente, trouxe você aqui.

Neo - Você não respondeu a minha pergunta.

O Arquiteto - Correto. Interessante. Você foi mais rápido que os outros.

(É então que aparece nos monitores o que Neo poderia ter dito ou feito: Outros? Que outros? Quantos? Responda-me!)

O Arquiteto - A Matrix é mais antiga do que você imagina. Eu prefiro começar a partir do surgimento de uma única anomalia integral até o surgimento da próxima, e neste caso, esta é a sexta versão.

(Novamente aparece nos monitores o que Neo poderia ter dito: Cinco versões? Três? Eu tenho sido enganado também. Isso é mentira!)

Neo - Há apenas duas possíveis explicações: ou ninguém me contou, ou ninguém sabe nada.

O Arquiteto - Certamente. Como você está indubitavelmente captando, a anomalia é sistemática, criando flutuações até mesmo nas equações mais simplistas.

(Demonstra então nos monitores a violência que Neo poderia ter usado: Você não pode me controlar! Dane-se! Vou matar você! Você não pode me obrigar a fazer nada!)

Neo - Escolha. o problema é a escolha.

O Arquiteto - A primeira Matrix que eu projetei era naturalmente perfeita, era uma obra de arte, sem defeitos, sublime. um triunfo igualado somente por sua monumental falha. A inevitabilidade de sua perdição e evidente para mim agora como uma consequência da imperfeição inerente a cada ser humano. Dessa forma, eu a reprojetei baseada na história humana para refletir, com mais precisão, os variantes aspectos grotescos de sua natureza. No entanto, eu fui novamente frustrado pela falha. Desde então, comecei a enteder que a resposta me iludiu porque ela requeria uma mente menor, ou talvez uma mente menos limitada pelos parâmetros da perfeição. Dessa forma, a resposta se colocou no caminho de outra, um program intuitivo, inicialmente criada para investigar certos aspectos da psiquê humana. Se eu sou pai da Matrix, ela seria, sem dúvidas, sua mãe.

Neo - O Oráculo.
O Arquiteto - Por favor. Como eu estava dizendo, ela se colocou no caminho de uma solução, segundo a qual aproximadamente 99,9% de todas as pessoas testadas aceitaram o programa, desde que fosse dada a elas uma escolha, mesmo se elas estivessem cientes dessa escolha em um nível quase inconsciente. Enquanto essa resposta funcionou, ela era obviamente defeituosa em sua essência, criando, dessa forma, a contraditótia anomalia sistemática, que, se não for verificada, pode ameaçar o sistema em si. Portanto, aqueles que recusaram o programa, enquanto uma minoria, se não forem verificados, podem constituir uma probabilidade agravante de desastre.

Neo - Isto é sobre Zion.

O Arquiteto - Você está aqui porque Zion está prestes a ser destruida. Cada um de seus habitantes exterminados, sua existência inteira erradicada.

Neo - Mentira!

O Arquiteto - A negação é a mais previsível das reações humanas. Mas, tenha certeza esta será a sexta vez que destruímos Zion, e temos nos tornados excessivamente eficientes nisto.

O Arquiteto - A função do Predestinado é agora retornar à Fonte, permitindo uma disseminação temporária do código que você carrega, reinserindo o programa principal. Depois disso, você terá que escolher 23 individuos da Matrix, 16 mulheres, 7 homens, para recontruir Zion. A falha no cumprimento deste processo vai resultar em uma cataclismática queda do sistema, matando todos que estão conectados à Matrix, o que aliado à exterminação de Zion, resultará finalmente na extinção de toda raça humana.

Neo - Você não vai deixar isso acontecer, você não pode. Você precisa dos humanos para sobreviver.

O Arquiteto - Há níveis de sobrevivência que estamos preparados para aceitar. No entanto, a questão relevante é se você está ou não pronto para aceitar a responsabilidade pela morte de cada ser humano neste mundo.

(O Arquiteto pressiona um botão em uma caneta e imagens de pessoas de toda a Matrix aparecem nos monitores.)

O Arquiteto - É interessante ler suas reações. Seus cinco predecessores foram projetados baseados em uma predicação similar, uma afirmação contingente que foi feita para criar umja profunda ligação ao restante de sua espécie, facilitando a função do Escolhido. Enquanto os outros viveram isso de uma maneira comum, a sua experiência é muito mais específica. Amor.

(Imagens de trinity lutando contra o Agente e caindo do prédio)

Neo - Trinity.

O Arquiteto - A propósito, ela entrou na Matrix para salvá-lo ao custo da própria vida.

Neo - Não!

O Arquiteto - O que nos trás, enfim, ao momento da verdade, onde a falha fundamental é finalmente expressada e a anomalia revelada tanto como um início e um fim. Existem duas portas. A porta à sua direita leva à Fonte, e à salvaçãos de Zion. A porta à sua esquerda leva de volta à Matrix, a ela, e ao final de sua espécie. Como você adequadamente colocou, o problema é escolha. Mas nós já sabemos o que você vai fazer, não sabemos? Eu ja posso ver a reação em cadeia, os precursores químicos que sinalizam o princípio da emoção, prejetada especificamente para sobrepujar lógica e razão. Uma emoção que já está lhe cegando da simples e óbvia verdade: ela vai morrer e não há nada que você possa fazer para impedir isso.

(Neo caminha à saida)

O Arquiteto - Esperança, a ilusão humana quintessencial, simultaneamente a fonte de sua maior força, e sua maior fraqueza.

Neo - Se eu fosse você, torceria para não nos encontrarmos novamente.

O Arquiteto - Isto não acontecerá.

Deus é uma máquina?

Arquiteto = Demiurgo

Demiurgo: É o formador do Mundo inferior (material). Considerado como o chefe dos Arcontes e de sabedoria limitadae imperfeita. Segundo os Gnósticos, esta entidade seria o Deus do Velho testamento da Biblia. Este ente tem a arrogância tipica dos que se acham onipotentes, contudo não é mau. Criador de tudo que conecemos, porém acha que todos devem curvar-se a sua divindade.

Dentro no conceito do gnosticismo clássico, percebo a figura do Arquiteto do segundo filme como o conceito do Demiurgo. O arrogante criador que mantém suas criaturas cativas. Em minha opinião uma face que as atuais Igrejas parecem estár trazendo de volta ao conceito de Deus.

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